sexta-feira, dezembro 26, 2008

Outro Ensaio Sobre a Morte

sexta-feira, dezembro 26, 2008
A maioria dos seres têm medo de morrer. É o que podemos chamar de instinto de auto-preservação. Esse termo pode ser usado para os demais animais, exceto para os homens (aqueles macacos pelados), já que esses seres pensantes não têm medo da morte e sim um medo da vida. Medo de chegar ao fim, olhar pra trás e ver uma vida inútil, sem sentido e em vão. E talvez por isso acham que merecem uma vida póstuma (espaço para risos).
Sendo assim digo que não tenho medo da morte, na verdade me agrada bastante a idéia de poder morrer, basta lembrar-se de todos aqueles que nunca morrerão simplesmente porque nunca nasceram.
Antes que você pense que este escrito é uma tendência suicida, pense nas milhares de formas que os genes poderiam ter se permutado, nas milhares de pessoas diferentes que não seriam você. O fato é que este número pode facilmente compreender os grãos de areia de uma praia, e ainda assim você reclama, ainda assim você se faz perguntas do tipo: Quem somos? De onde viemos? Para onde vamos? Aquele que se fez essas perguntas não deve ter tido uma vida muito interessante, já que teve tempo de fazê-las.
Responda com sinceridade, ao olhar o céu, ver o mar e contemplar as imperfeições do universo...você ainda quer mais? Do que mais você precisa que te faz acreditar nessa outra vida?
Más notícias meu amigo...não há segunda chance, assim como não há uma segunda morte.
Portanto se quer um conselho, morra por ter vivido e não morra por ter temido. Tenha apenas medo de ter medo e no mais, aprecie a vista.
 
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