Antes de mais nada, preciso
esclarecer que isto não é um texto. Talvez se encontre mais como um desabafo ou
uma constatação. Chame como quiser. A questão é apenas uma: Eu odeio o clichê do
destino.
Não entendo o porque de a
maioria das pessoas adorarem a ideia de “tudo está escrito” ou “nada é por
acaso”. Acredito que estas frases feitas sobre destino, estão muito mais
ligadas à preguiça humana, que a qualquer força “sobrenatural” ou coisas do além.
Afinal, é muito mais fácil esticar as pernas pro ar e acreditar que tudo está
predestinado a acontecer, ao invés de correr atrás do que se quer.
Aliás, o que tem de tão
especial nisso? Por exemplo, não gosto desse senso comum que existe por aí, de que
não importa o que aconteça, duas pessoas podem estar destinadas a sempre se encontrar.
É tão dificil assim de enxergar que, com tantos problemas e acasos permeando a
nossa vida, as chances de duas pessoas estarem sempre cruzando seus caminhos são
sempre as menores possiveis? E achar que o destino vai resolver isso pra você não é
uma ilusão pior ainda?
Desculpe, mas a verdade é que as chances contra
compreendem facilmente os grãos de areia de uma praia.
Aí você vem me perguntar
com aquela voz aguda e irritante: “Mas Seu Escritor do Caos, então como essas
coisas acontecem?”
Fácil! Vontade. Desejo.
Querer.
Gosto muito mais de
acreditar que é o desejo que me governa. A vontade inexplicável de cruzar
caminhos antigos é o que sempre me traz de volta. Seja para reencontrar pessoas
ou situações, o querer de alguém pelo outro, ás vezes se torna tão forte que
passa por cima de todas as barreiras e obstáculos que surgem em
ambos os caminhos, e naturalmente eles se cruzam e recruzam.
Agora, com isso em mente,
me responda: Escolher uma vida de reencontros em estradas antigas, guiado
apenas pela vontade e ignorando todo o vento contra, não torna tudo muito mais
especial e único do que se deixar levar pelo destino?
Se sua resposta for sim,
mande um grande F***** para o “predeterminado” e deixe as vontades se encontrarem
novamente. Fale apenas em nome do desejo. E da mesa do bar ou da esquina, das ruas da Lapa ou do apartamento em
Copacabana, encha o peito e grite: MORTE AO CLICHÊ DO DESTINO!
0 deixaram-se levar pelo caos:
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