“Não! Definitivamente não.” Gritava o homem em um silêncio particular, discutindo com o próprio coração.
“Vamos lá! Dessa vez vai dar certo. Confie em mim.” E o coração respondia.
-Confiar em você? Você só pode estar brincando. Não se lembra do que aconteceu na última vez que confiei em você?
- Ah! Vai dizer que ainda não superou aquela paixão boba e sem sentido?
- Eu não acredito que estou discutindo com o meu coração sobre isso. Você se apaixona por
quem não deve e o resto do meu corpo é que paga o prejuízo. Não como direito, começo a suar
frio quando vejo as mulheres que você se interessa e sinto calafrios só de pensar em falar com
elas.
- Não coloque a culpa em mim. Culpe os olhos, eles é que gostam de enxergar mais do que as
coisas realmente são. Aproveite e culpe a boca também. Alguns beijos nem eram tão bons
assim.
- Não adianta! Não vou cair nesse seu papo de novo.
- Ah, deixa disso. Vai lá, se apresenta e pronto. Conversa um pouco com ela. Se não foi pra isso
que você veio aqui, por que continua frequentando esses bares e boates de solteiros
desesperados?
- Tá bom. Só mais essa vez.
Atravessou a pista de dança em direção a garota (mais uma que o coração, e não a cabeça escolheu). Foi se aproximando desajeitado, fingindo alguns passos da música que tocava no lugar. Puxou assunto:
- Oi! Tudo bom?
- Desculpe, mas não estou interessada.
- Nossa! Mas você não vai nem me dizer o seu nome?
“Prazer. Camila.” Disse ela no meio do cumprimento de mãos mais gelado que a cerveja que ele
segurava. “Não estou interessada.”
Voltou pro banco do bar onde estava sentado. Sentiu que o caminho da volta fora mais difícil e comprido que o da ida. Sentou-se, e reclamando em direção ao peito disse:
- Eu não falei? Sabia que não devia ter dado ouvidos a um músculo idiota.
“Não quero mais falar sobre isso.”, respondeu o coração.
E quem passasse pelo bar e visse a cena do homem falando sozinho, diria se tratar de nada mais que um bêbado qualquer.
APRENDAM A LAVAR A VAGINA.
Há 3 semanas